Pronunciamentos de 17 de Agosto

17/08/2015



Pronunciamentos Grande Expediente

Fapetri foi o assunto mais abordado pelos vereadores


O vereador Orison Cezar (PSDB) iniciou seu pronunciamento salientando que não gostaria de abordar assuntos tão polêmicos, mas que não havia outra maneira. Ele se referia ao projeto de lei enviado pela Administração para parcelamento da dívida com o Fapetri e que nesta segunda-feira foi retirado da Casa pelo Executivo. Orison esclareceu que em reunião com a diretoria do Fapetri ficou esclarecido que o débito do Executivo é referente a parcela patronal que chega a R$ 5 milhões. Orison disse que o que lhe deixou surpreso foi o fato de o Executivo ter retirado o projeto do Legislativo alegando que não precisa do Legislativo para efetuar parcelamento de dívidas e que o Conselho Fiscal do Fapetri tem autonomia para autorizar o parcelamento, fato do qual os vereadores irão buscar maiores informações, segundo o vereador. "O temor do Legislativo é com relação à situação do funcionalismo, pois o Municípío está endividado, o vice-prefeito já disse que há um déficit de R$ 15 milhões. Houve um burburinho sobre a aprovação do projeto e os vereadores votariam contra ele mesmo porque a Administração não dá respaldo para os vereadores passarem à ela um cheque em branco", frisou. Orison disse que somando os convênios do Asilo, Apae, Aut, Creche Lírio dos Vales, Hospital, transporte escolar a dívida do Município já ultrapassa R$ 11 milhões e a comunidade é quem paga a conta. O vereador salientou ainda a importância da participação da comunidade, respaldando os vereadores nas tomadas de decisões, lembrando que em todas as audiências públicas e reuniões a comunidade não se faz presente. "A comunidade é convocada, mas não se faz presente! Temos que mudar essa mentalidade de só comparecermos quando há interesse próprio", disse. Ele ainda disse que o Fapetri deveria fazer uma assembleia com os funcionários porque eles ainda estão preocupados, salientando que o rumo da situação não está mais nas mãos dos vereadores, que não tem mais responsabilidade sobre o ocorrido. Orison ainda falou sobre outro projeto do Executivo, o de abertura da Rua 14, que irá beneficiá-lo duplamente, mas que mesmo assim é contra o projeto porque custará ao Município o montante de R$ 15 mil, sendo que primeiro o Município tem que pagar a dívida com o Fapetri.  Entre outros assuntos, Orison também disse que esta Administração já está no comando há bastante tempo para dizer que a culpa do que está acontecendo é das administrações passadas, que na realidade é culpa do que não tem sido feito, do que não foi feito no ano retrasado e no ano passado, que está faltando pessoas comprometidas na Administração para trabalhar em prol da comunidade e do desenvolvimento da cidade. Finalizando ele divulgou o bingo que os vereadores estão fazendo em prol do Asilo e que ocorrerá no dia 11 de setembro, dizendo que é importante que as pessoas dêem as mãos e lutem para que o Asilo permaneça atendendo a comunidade. 
A vereadora Katia Souza (PR) disse que está em dúvida sobre quem está equivocado, se é a comunidade e os vereadores ou o prefeito, porque quando o prefeito fala parece que está tudo a mil maravilhas, pois ele diz que está fazendo investimentos na Saúde, na Educação, etc e que a faz pensar onde ela está enquanto isso, porque não presenciou nada do que o prefeito diz. Ela lembrou que quando o vice-prefeito assumiu a prefeitura, disse que tomaria medidas antipáticas e que ela não tem nada contra nenhum secretário, porque sabe que cada um faz seu trabalho, mas que vai chegar o dia em que duas secretarias terão que virar uma e que haverá corte de pessoal. Katia disse que segundo o prefeito Mauro Poeta, o que ocorreu com ele foi perseguição política, mas que ela não entendeu que a atitude do vice-prefeito fosse essa e que o prefeito está enganado quando diz que não gosta de perseguição, porque tem um caso de um proprietário de uma área que fez abriu um protocolo pedindo para a prefeitura fazer a retirada de um entulho há um ano e isso não aconteceu até hoje porque o prefeito deu ordem ao secretário para não retirar porque a propriedade é do cidadão X que é de outro partido. Ela relatou ainda que o vice-prefeito ao assumir a prefeitura mandou retirar o entulho da área, mas ao reassumir o posto o prefeito suspendeu o serviço novamente, e que esse tipo de atitude é que é perseguição política.  Katia disse que esses dias se deparou com um pedido seu atendido pelo Executivo, que depois de dois anos reiterando pedidos para que o Executivo reformasse o abrigo da parada de ônibus na RS 440, em frente à Tanac, finalmente o Executivo executou a obra, mas que ela não dará os parabéns, já que se trata de uma obrigação da Administração, mas que não ficará surpresa se amanhã ou depois abrir o jornal e se deparar com uma notícia do Executivo convidando a comunidade para a inauguração da parada. Katia também falou sobre o parcelamento da dívida com o Fapetri. Ela lembrou que os vereadores fizeram uma reunião com a antiga secretária de Fazenda para a aprovação da verba de R$ 2 milhões, onde a secretária garantiu que se os vereadores aprovassem o projeto não faltaria verba para as entidades conveniadas com o Município, mas que um mês após a aprovação do projeto as entidades estão na câmara de vereadores reclamando a falta do convênio e que os vereadores não poderiam aprovar o parcelamento do Fapetri se fosse à votação porque não teriam garantias de que esse montante não faltaria para as entidades do Município. Katia ainda relatou que ela e as vereadoras Rita e Roseli, como membros da Comissão de Saúde, foram convidadas para participar de uma reunião no hospital, onde a Vigilância Sanitária Estadual esteve presente fazendo várias exigências no bloco cirúrgico, dando 15 dias para o Hospital de adequar sob pena de terem o bloco cirúrgico fechado e é o momento de juntamente com a comunidade, os vereadores averiguarem a situação para socorrer o hospital.  


Redação/Edição: Tatiana Vasco/Razek Cunha