Pronunciamentos Grande Expediente
Fapetri foi o assunto mais abordado pelos vereadores
O vereador Orison Cezar (PSDB)
iniciou seu pronunciamento salientando que não gostaria de abordar
assuntos tão polêmicos, mas que não havia outra maneira. Ele se referia
ao projeto de lei enviado pela Administração para parcelamento da dívida
com o Fapetri e que nesta segunda-feira foi retirado da Casa pelo
Executivo. Orison esclareceu que em reunião com a diretoria do Fapetri
ficou esclarecido que o débito do Executivo é referente a parcela
patronal que chega a R$ 5 milhões. Orison disse que o que lhe deixou
surpreso foi o fato de o Executivo ter retirado o projeto do Legislativo
alegando que não precisa do Legislativo para efetuar parcelamento de
dívidas e que o Conselho Fiscal do Fapetri tem autonomia para autorizar o
parcelamento, fato do qual os vereadores irão buscar maiores
informações, segundo o vereador. "O temor do Legislativo é com relação à
situação do funcionalismo, pois o Municípío está endividado, o
vice-prefeito já disse que há um déficit de R$ 15 milhões. Houve um
burburinho sobre a aprovação do projeto e os vereadores votariam contra
ele mesmo porque a Administração não dá respaldo para os vereadores
passarem à ela um cheque em branco", frisou. Orison disse que somando os
convênios do Asilo, Apae, Aut, Creche Lírio dos Vales, Hospital,
transporte escolar a dívida do Município já ultrapassa R$ 11 milhões e a
comunidade é quem paga a conta. O vereador salientou ainda a
importância da participação da comunidade, respaldando os vereadores nas
tomadas de decisões, lembrando que em todas as audiências públicas e
reuniões a comunidade não se faz presente. "A comunidade é convocada,
mas não se faz presente! Temos que mudar essa mentalidade de só
comparecermos quando há interesse próprio", disse. Ele ainda disse que o
Fapetri deveria fazer uma assembleia com os funcionários porque eles
ainda estão preocupados, salientando que o rumo da situação não está
mais nas mãos dos vereadores, que não tem mais responsabilidade sobre o
ocorrido. Orison ainda falou sobre outro projeto do Executivo, o de
abertura da Rua 14, que irá beneficiá-lo duplamente, mas que mesmo assim
é contra o projeto porque custará ao Município o montante de R$ 15 mil,
sendo que primeiro o Município tem que pagar a dívida com o Fapetri.
Entre outros assuntos, Orison também disse que esta Administração já
está no comando há bastante tempo para dizer que a culpa do que está
acontecendo é das administrações passadas, que na realidade é culpa do
que não tem sido feito, do que não foi feito no ano retrasado e no ano
passado, que está faltando pessoas comprometidas na Administração para
trabalhar em prol da comunidade e do desenvolvimento da cidade.
Finalizando ele divulgou o bingo que os vereadores estão fazendo em prol
do Asilo e que ocorrerá no dia 11 de setembro, dizendo que é importante
que as pessoas dêem as mãos e lutem para que o Asilo permaneça
atendendo a comunidade.
A vereadora Katia Souza (PR)
disse que está em dúvida sobre quem está equivocado, se é a comunidade e
os vereadores ou o prefeito, porque quando o prefeito fala parece que
está tudo a mil maravilhas, pois ele diz que está fazendo investimentos
na Saúde, na Educação, etc e que a faz pensar onde ela está enquanto
isso, porque não presenciou nada do que o prefeito diz. Ela lembrou que
quando o vice-prefeito assumiu a prefeitura, disse que tomaria medidas
antipáticas e que ela não tem nada contra nenhum secretário, porque sabe
que cada um faz seu trabalho, mas que vai chegar o dia em que duas
secretarias terão que virar uma e que haverá corte de pessoal. Katia
disse que segundo o prefeito Mauro Poeta, o que ocorreu com ele foi
perseguição política, mas que ela não entendeu que a atitude do
vice-prefeito fosse essa e que o prefeito está enganado quando diz que
não gosta de perseguição, porque tem um caso de um proprietário de uma
área que fez abriu um protocolo pedindo para a prefeitura fazer a
retirada de um entulho há um ano e isso não aconteceu até hoje porque o
prefeito deu ordem ao secretário para não retirar porque a propriedade é
do cidadão X que é de outro partido. Ela relatou ainda que o
vice-prefeito ao assumir a prefeitura mandou retirar o entulho da área,
mas ao reassumir o posto o prefeito suspendeu o serviço novamente, e que
esse tipo de atitude é que é perseguição política. Katia disse que
esses dias se deparou com um pedido seu atendido pelo Executivo, que
depois de dois anos reiterando pedidos para que o Executivo reformasse o
abrigo da parada de ônibus na RS 440, em frente à Tanac, finalmente o
Executivo executou a obra, mas que ela não dará os parabéns, já que se
trata de uma obrigação da Administração, mas que não ficará surpresa se
amanhã ou depois abrir o jornal e se deparar com uma notícia do
Executivo convidando a comunidade para a inauguração da parada. Katia
também falou sobre o parcelamento da dívida com o Fapetri. Ela lembrou
que os vereadores fizeram uma reunião com a antiga secretária de Fazenda
para a aprovação da verba de R$ 2 milhões, onde a secretária garantiu
que se os vereadores aprovassem o projeto não faltaria verba para as
entidades conveniadas com o Município, mas que um mês após a aprovação
do projeto as entidades estão na câmara de vereadores reclamando a falta
do convênio e que os vereadores não poderiam aprovar o parcelamento do
Fapetri se fosse à votação porque não teriam garantias de que esse
montante não faltaria para as entidades do Município. Katia ainda
relatou que ela e as vereadoras Rita e Roseli, como membros da Comissão
de Saúde, foram convidadas para participar de uma reunião no hospital,
onde a Vigilância Sanitária Estadual esteve presente fazendo várias
exigências no bloco cirúrgico, dando 15 dias para o Hospital de adequar
sob pena de terem o bloco cirúrgico fechado e é o momento de juntamente
com a comunidade, os vereadores averiguarem a situação para socorrer o
hospital.
Redação/Edição: Tatiana Vasco/Razek Cunha