Pronunciamentos da Sessão Ordinária de 10 de Agosto de 2015
10/08/2015
Após exibir uma mensagem em homenagem ao Dia dos pais, a vereadora Roseli de Souza (PDT) parabenizou
a secretaria de Assistência Social dizendo que apesar de todas as
turbulências de troca de secretário, a Secretaria "não perde o fio da
meada", porque são muitos Projetos, muitos trabalhos que são feitos
dentro do CRAS, do CREAS, da SUMAS. "Não pode um Secretário entrar e
dizer: eu vou terminar com isso aqui. Não, são projetos do Governo
Federal, então é uma Secretaria que tem que ter uma sequência e eu noto
que tem tido uma sequência", disse. Ela também relatou que tendo
assumido a prefeitura no final da tarde da sexta-feira (7), o
vice-prefeito Gaspar Martins (PP) procurou os vereadores na manhã desta
segunda-feira (10) levando a eles situações muito graves e muito
preocupantes, que ele tentará noticiar nessa uma semana em que ficar
responsável pela prefeitura para colocar o público a par da situação,
porque o Município já tem um déficit de R$ 15 milhões e que temem como
será em dezembro. Roseli disse ainda que medidas drásticas terão que ser
tomadas, mas que deixará para o vice-prefeito se pronunciar a respeito.
Ela também disse que o secretário de Finanças esteve na câmara para
explicar aos vereadores sobre um novo parcelamento do Fundo de
Aposentaria, o Fapetri, e que os vereadores ficaram indecisos sobre o
que fazer, mas que a maioria pretende votar contra porque existem
maneiras e alternativas de diminuir horas extras, como unificar
Secretarias.
O vereador Orison Cezar (PSDB)
iniciou seu pronunciamento falando sobre o parcelamento do Fapetri, um
assunto que classificou como polêmico, dizendo que se votaem o projeto,
significará que o Município terá que desembolsar R$ 5,4 milhões, que é o
que deve para o Fapetri e que se vetarem o projeto o prefeito vai ter
que bancar R$ 5,4 milhões e isso significa que alguém vai pagar a conta,
que alguém vai deixar de receber, ou os prestadores
"Se
esse projeto entra na casa, é vetado hoje aqui, porque em nenhum
momento essa Administração demonstrou que quer mudar o rumo do que vem
acontecendo e que vem se perpetuando. E cabe a nós ter o discernimento
de votar o que vai acontecer amanhã e nossa cidade. E aí o que fazemos? O
que a gente faz Bira, Jeferson, o que que nós gostaríamos de estar
debatendo hoje? Uma mudança de rumo desta Administração, uma diminuição
de Secretarias que é aquilo que talvez aconteça de uma forma diferente,
mas o Prefeito em exercício disse, para quê? Para economizar, para
sanear as despesas, honrar com as despesas que nós temos. O entendimento
que tenho é que esse Prefeito está coma teoria da vaca: Cagando e
andando para isso, pois entra com um projeto desses quando nem está na
cidade", salientou o vereador. Orison também ressaltou que a situação da
cidade não é culpa da câmara nem dos vereadores porque eles estão
chamando o prefeito para a responsabilidade, mas que ele está "em outro
mundo", porque conforme as matérias que o Município veicula no jornal
local, a receita do Município aumentou em R$ 40 milhões, mas questionou
onde está esse dinheiro. "E vou dividir com vocês o que a iniciativa
privada faz. A gente faz uma Reserva de Contingente para honrar com as
decisões. Ah Orison, vai ter uma ponte aqui em Triunfo, vai. Tem uma
reserva de contingência. Quando tiver ponte, indeniza todo mundo, todo
mundo recebe vai para casa, vai trabalhar em outra embarcação, é isso
que faz a iniciativa privada. O prefeito não! Manda projeto de
parcelamento para outro pagar a conta!", considerou.
Durante as explicações pessoais, a vereadora Katia Souza (PR)
falou da situação dos cemitérios no município com o descaso da
Administração Pública, sendo que o assunto já foi debatido exaustivas
vezes para que o Executivo tome as providências cabíveis, mas que até
hoje nada foi feito. "Como uma pessoa me disse, se o prefeito não se
preocupa com os vivos, vai se preocupar com os mortos?". Ela também
relatou que o prefeito em exercício, Gaspar Martins (PP) esteve na
câmara muito preocupado e que mesmo lamentando terá que tomar medidas
antipáticas. Katia também disse que se o projeto de parcelamento do
Fapetri fosse à votação, ela votaria contra, e relatou que o secretario
Darci pediu um prazo para tentar conversar com o prefeito, pois em
quatro meses frente à pasta, ele não conseguiu falar com o prefeito
ainda. "Então gente, em quatro meses um secretário de uma pasta tão
importante não conseguiu ainda sentar com o prefeito e passar para ele
essas medidas... E ele disse eu vai tentar falar com o prefeito quando
ele voltar e falou como se o Prefeito fosse um animal arisco, que não
tem como conversar com o prefeito. Quem sabe se contrata o Roseli nossos
filhos que são bons laçadores e vamos laçar esse Prefeito, sentar ele
uma numa cadeira e fazer ele escutar", considerou ela. Katia ainda disse
que um funcionário esteve junto com o secretário na reunião com os
vereadores e disse que os vereadores deveriam pensar bem antes de
reprovar o projeto porque se os funcionários ficassem sem receber a
culpa seria deles. "Respondi a ele que não mesmo! Quem tem a caneta nas
mãos chama-se Mauro Poeta", finalizou.
A vereadora Rita Cunha (PDT)
disse que o que a fez ir à tribuna foi a indignação do advogado e
assessor do vereador Jeferson, Maurício Odorizi, que toda vez em que se
falou na questão de que os vereadores seriam culpados, ele dizia que são
sim. "Nós não somos culpados, o que eu sinto hoje nessa reunião com o
secretário de Finanças é que é muito fácil quando querem aprovar um
projeto nas coxas, como se diz, culparem os vereadores pela não
aprovação e nós ainda estamos atendendo o pedido do Darci porque ele nos
pediu um tempo para tentar falar com o prefeito, mas acredito que o
prefeito não irá ouvi-lo e eu já manifestei que voto contra esse
projeto, porque isso vai se transformar numa bola de neve e o secretário
Darci concordou quando eu falei isso. Então eu acho, Maurício, nós não
somos os culpados, isso é uma situação administrativa, e nós estamos
aqui sim para pensar no bem da comunidade, e eu acho que foi bastante
discutido, que vai vir mais discussões sobre isso e a gente está aberto a
ouvir, a discutir sobre isso", ressaltou.
O vereador Nelson Aguilheiro (PDT) também
se referiu ao projeto dizendo que é muito polêmico porque na grande
verdade os maiores interessados, os atingidos, são os funcionários de
carreira e que acredita que os vereadores devem fazer uma assembleia com
os funcionários e saber se eles querem emprestar o dinheiro deles para o
prefeito. "E eu enxergo que o caminhão da mudança da Administração de
Verdade, quebrou no caminho e não chegou em Triunfo, e eu acho que não
chega em Triunfo, pela maneira que estão brincando com o povo. Nós temos
que respeitar as pessoas, nós estamos levando para dentro dos lares,
problemas que quem tem que resolver, é a Administração", disse.
O vereador Valmir Massena (PDT)
parabenizou a formação da ala jovem do PDT, com a presença do
presidente Yuri, que ocorreu na sexta-feira, no Galpão do Jairo e que
eles continuem assim, com o apoio de todos os vereadores. Valmir também
se manifestou sobre o projeto, se posicionando contra o parcelamento
porque eu acho que enquanto nós estamos sacrificando o Município, para o
futuro, nós temos aqui do lado um exemplo, que está sendo pago quase
treze mil reais por mês, de um prédio que o Município não está usando, e
está pagando. Então antes de nós parcelar esse dinheiro que é dos
trabalhadores, que é o suor deles, vamos lutar para que seja organizado a
casa", disse, salientando que é preciso olhar para um rumo diferente
para as próximas gerações, independente de siglas partidárias, onde
todos tenham igualdade.
O vereador Valério Aires (PDT)
também saudou a ala jovem do seu partido e agradeceu aos onze
vereadores e aos funcionários da câmara pelo empenho que fizeram na
economia para que conseguissem repassar um montante para a prefeitura a
ser aplicado na construção e reforma de uma quadra na Escola Liberato,
transformando-a num ginásio, para a Assegur, para que a Brigada Militar
consiga melhorar suas condições de trabalho e para aquisição de
implementos agrícolas para a Associação dos Agricultores. Valério também
se disse consternado com os acontecimentos na região, como o crime que
ocorreu em Charqueadas e também em Canoas, onde uma professora da Escola
Liberato foi morta por uma bala perdida em meio a um tiroteio. "Fica a
todos o pedido para que reflitam a situação que nós estamos passando e
tentem sempre paz, porque eu acho que hoje é o que a gente mais precisa,
é de paz, porque com essa violência que aí está, as coisas ficam
difíceis.
O vereador Lino Viegas (PDT)
iniciou seu pronunciamento se referindo a fala do colega Nelson, que
disse que o caminhão da Administração quebrou, dizendo que não quebrou, é
que a mudança foi feita para Montenegro. Ele também disse que conversou
com muitas pessoas que estão apavoradas com a situação da TF10, que
está intrafegável e muitos estão fazendo a volta pelo Barreto para ir a
Porto Alegre. Lino disse que as pessoas cobram dos vereadores e ele
explica que os vereadores fazem os pedidos nos seus expedientes, mas que
o prefeito não executa e que os vereadores estão fazendo sua parte. "Os
Secretários é que tem que tomar a atitude de ir no local. Eu não sei o
que pensam, o que que fazem, é uma coisa simples. Quando eu fui
Secretário da Agricultura, se eu não me engano em 2010, 2011, nem que
fosse para ouvir um não, mas eu ia na lavoura, nas estradas, tinha uma
retro que dava assistência na piscicultura, e ao mesmo tempo ajudava,
dando assistência nas entradas. Mas eu ouvia os produtores com atenção,
nem que fosse para me xingar, mas se eu tivesse condições, eu fazia. E
assim deve ser o Secretário, eu não estou falando do Teodolino, estou
falando do secretariado em geral, porque se dão assistência aos
produtores, pessoal que tem as propriedades e precisam tirar seus
produtos, sua lenha, já que muita gente depende do transporte, depende
da estrada, e não tem condições, que nem eu passei por um caminhão no
Marinheiro, quase cai dentro de um buraco, isso não tem cabimento, as
pessoas contribuem para o município", considerou o vereador.
Redação/Edição: Tatiana Vasco/Razek Cunha