Vereadora faz denúncias sobre situação do ginásio municipal e descaso com pertences da Apacobam.

A vereadora Roseli de Souza (PDT) exibiu no telão fotos de salas do Ginásio Municipal, situado no centro da cidade, denunciando a situação por ela encontrada enquanto acompanhava os alunos que estavam participando de um campeonato no local. Nas fotos puderam ser vistos troféus, roupas, calçados e instrumentos da Banda Municipal jogados no chão, empilhados, misturados à sujeita do local. Roseli disse que é inadmissível que os pertences da banda, principalmente instrumentos caros, estejam jogados às traças como se nada valessem, pois se trata de dinheiro público, além do descaso com o patrimônio da banda que já levou o nome de Triunfo até para o exterior. Ela salientou que esse caso não é diferente do que foi denunciado recentemente com relação às roupas arrecadas através da Campanha do Agasalho. Além disso, as fotos também mostraram os banheiros cheios de imundícias. Roseli relatou que o odor era insuportável e que as torneiras não fecham, jorrando água fora sem necessidade e fez críticas veementes ao responsável pela pasta: "secretário Jardel Barth, que só soube fazer judiação para os outros, com tudo que já pintou, tinha que ser o `bambambam’ dos secretários, mas o único secretário que eu bato palmas e que admiro é o Teodolino, não há outro que desponte. A sujeira do ginásio é tanta que eu tinha vontade de entrar com um lava-jato lá", indignou-se. Roseli também disse que ficou sabendo que querem tirar a Ser Triunfo das salas onde a entidade está para que sejam ocupadas pela Apacobam, mas com as salas enormes e desocupadas que ela viu atrás do palco do ginásio, não há porque tirar a Ser Triunfo das salas em que se encontra e que a banda deve ocupar as salas exibidas nas fotos, pois tem uma estrutura enorme atrás do palco, onde hoje estão jogados os instrumentos e todos os pertences da banda. A vereadora ainda disse que o pessoal da Ser Triunfo pediu que ela não relatasse que querem as salas que eles ocupam temendo represálias, mas disse que resolveu falar sim porque perseguição é algo inadmissível. Ela também criticou a falta de atitude do secretário Jardel Barth que poderia pelo menos consertar as torneiras, pois nas escolas em que ela trabalha, quando uma caixa de descarga de um banheiro estraga, ela mesma amarra e estanca o vazamento pelo menos temporariamente para que não haja desperdício desnecessário, e que sendo secretário ele mesmo deveria limpar, se não houver quem limpe, mas que é inadmissível a imundície que se encontra o ginásio. Ela também criticou a falta de interesse do prefeito que deveria chamar os seus secretários e analisar de perto a competência deles, cobrar trabalho e demitir os incompetentes, pois se dizem Adminsitração de Verdade, mas nunca a situação do Município foi tão ruim como está. Ela também salientou que não protocolou pedido para fotografar, como disse que não faria e que não tinha intenção de fazer as fotos, mas não teve outra opção ao se deparar com a situação lamentável. "De certo agora o secretário Jardel que acha que é top, que acha que é o bom, o bambambam, pode ser que agora ele tome vergonha naquela cara dele e vá lá recolher as roupas, limpar aquelas salas e chamar o Dedelo para ver o que se aproveita do patrimônio da banda municipal, porque isso é queimar dinheiro publico, é um desperdício, um descaso total", disse ela. 
O vereador Orison Cezar (PSDB) pegando um gancho do que a colega falou, disse que leu a matéria publicada no jornal onde seriam disponibilizadas duas salas para a Apacobam e que é importante contrastar as fotos apresentadas pela vereadora com a propaganda que é feita pela prefeitura com a disponibilização de salas para a banda, com essas salas e os pertences na situação em que estão. "Às vezes a gente tem até que usar expressões como já ouvi aqui, de que o secretário tem que tirar a bundinha da cadeira e trabalhar, pois já vai fechar dois anos e isso não aconteceu até agora, é um descaso que se perdura há muito tempo e temos que falar com o Dedelo também, porque ele como representante da Apacobam não poderia ter deixado isso acontecer, pois é a história do nosso município que está sendo jogada às traças. Já chega o que aconteceu com as doações da campanha do agasalho que foi notícia em rede nacional e agora isso? Já viram o filme Tropa de Elite onde o capitão usa o jargão `pede pra sair’? Está na hora da comunidade começar a dizer isso para o prefeito, porque a propaganda que está sendo veiculada nos jornais não condiz com a realidade do município", salientou. Orison também disse que participou da reunião dos sócios do hospital onde ouviu de um dos sócios que os vereadores estão sendo partícipes do que está ocorrendo no Município e que esclareceu que isso não é verdade, pois os vereadores fazem sua parte dentro da legislação, citando como exemplo as emendas feitas pelo Legislativo para o orçamento de 2015 que foram vetadas pelo prefeito e, relatando outras situações, disse que talvez os vereadores tenham que recorrer a outras esferas, porque o município é um filme de horror, ao contrário do que está no jornal, onde parece que tudo está a mil maravilhas, com todos sorrindo nas fotos. "Reforço: pede pra sair! Pede pra sair, porque o município não pode arcar com esse ônus de ter uma prefeitura assim, ineficiente, incompetente, por uma série se situações que a gente relata aqui toda semana", finalizou. 
A vereadora Rita Cunha (PDT) usou o espaço das explicações pessoais onde falou sobre a reunião realizada pela Administração com relação ao som automotivo, salientando que a comunidade, os moradores do Parcão não participaram da reunião. Ela também sugeriu que o Legislativo realize uma audiência pública e que acredita que talvez a comunidade tenha ficado com medo de participar, com medo de rixas ou represália dos jovens contra as casas, mas que o que ela viu lá foram jovens conversando, entendendo que há limites a serem respeitados e reivindicando apenas que a Administração olhe para a juventude e ofereça opções de lazer. Rita disse que ainda sugeriu que se façam campeonatos de som em todas as localidades do município e não somente no Camboatá, pois os jovens estão apenas reivindicando atenção do Poder Público e solicitou que quando o projeto para regulamentação de som automotivo chegar à casa, que os vereadores chamem a comunidade e os jovens para um amplo debate a esse respeito.

Redação/Edição: Tatiana Vasco/Razek Cunha